[De PCB] A condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4, em 24 de Janeiro de 2018, realizada sem provas ou mesmo bases jurídicas consistentes, é mais um elo na série de criminalizações políticas realizadas pelo Judiciário brasileiro e direccionadas principalmente contra a esquerda, o movimento sindical e os movimentos sociais.
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Este é o segundo golpe dramático contra a política de conciliação de classe. O primeiro foi o impeachment da presidente Dilma Roussef. Essa política de conciliação está claramente esgotada, como vem sendo demonstrada pelas lições da vida política brasileira recente: diante da profundidade da crise e da ofensiva da burguesia e do imperialismo para revertê-la, colocando todo o ônus na conta dos trabalhadores, não interessa mais às classes dominantes brasileiras fazer qualquer tipo de concessão às classes populares. Continuar com as ilusões de que tudo será resolvido com as eleições de 2018 é o caminho mais rápido para a desmoralização da militância e o fortalecimento dos golpistas.
A condenação de Lula muda expressivamente a conjuntura política, pois o campo lulopetista apostava todas as fichas nas eleições de 2018, caminho que agora está bloqueado por seus ex-aliados. Esse campo político tem, diante de si, o desafio de retomar a radicalização da luta e apostar na organização popular, o que coincide com os interesses da esquerda consequente e combativa, que quer de fato enfrentar as contrarreformas, derrotar Temer e construir a greve geral. (odiario.info)
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
«O caminho para se derrotar o golpe é a luta popular»
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