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No julgamento do antigo presidente jugoslavo Slobodan Milosevic (ver caixa), como noutros, a acusação dispôs de tempo ilimitado para os seus testemunhos, enquanto a defesa se confrontava com enormes restrições. Muitas acusações basearam-se apenas em «testemunhas oculares», muitas das quais anónimas. Nestas condições, os arguidos estavam à partida condenados pelo tribunal, como há muito o tinham sido pelos grandes meios de comunicação a nível internacional.
A iniquidade deste «tribunal» fica ainda evidente, segundo Diana Johnstone, na quantidade de réus que morreram quando se encontravam ao seu cuidado. Uns assassinados quando, alegadamente, tentavam escapar das autoridades ou no próprio momento da sua captura; outros simplesmente morreram na cela, de «causas naturais» ou «suicídio». (avante.pt)