O magistrado Garzón, da Audiência Nacional, decretou ontem à noite a suspensão de actividades da Demokrazia Hiru Milioi (D3M) e do partido Askatasuna, legal desde 1998, fustigando ainda mais o caminho da esquerda abertzale em direcção às eleições de 1 de Março.
No auto, Baltasar decreta também o encerramento das sedes e de todos os locais de ambas as formações, bem como o embargo das suas contas e depósitos e a suspensão de todas as suas actividades financeiras. Também são interditos eventos como manifestações, concentrações, caravanas ou actividades de carácter propagandístico.
No auto também se faz alusão às páginas de Internet. Desde o princípio da manhã que as agências haviam feito eco da possibilidade de se aceder aos boletins da Demokrazia Hiru Milioi no seu sítio, sendo por isso que o magistrado da Audiência Nacional exige a sua suspensão. Garzón pede ainda o encerramento da página www.askatu.org, assegurando que pertence ao partido agora suspenso, o que não corresponde à realidade. Já em autos anteriores deste processo judicial se tinham verificado confusões entre o partido Askatasuna e o organismo com o mesmo nome que trabalhava no âmbito pró-amnistia e anti-repressivo, e que foi proibido pelos tribunais espanhóis há alguns anos.
A possibilidade da suspensão de actividades estava latente ainda antes do início da campanha eleitoral. A consumação ocorre já depois de a D3M ter iniciado a sua campanha eleitoral, destinada a encher as urnas com os denominados “votos de ouro”, para exigir democracia. Já tinha realizado comícios em localidades como Markina, Sestao, Sukarrieta ou, ontem mesmo, Beasain. Também ontem, alguns meios madrilenos começaram a apresentar esta situação como anómala, e o representante da AN espanhola não demorou a intervir.
Sem esperar pela suspensão
A Ertzaintza, contudo, não esperou que Garzón decretasse a suspensão de actividades contra a D3M, tendo começado por sua iniciativa o ataque aos militantes da esquerda abertzale em diversos eventos. Em Sestao, perseguiram pessoas que colocavam cartazes da D3M e identificaram quem se dedicava a distribuir propaganda.
Ontem à tarde, e de acordo com testemunhas, um jovem que fazia uso de um megafone, mesmo com todas as autorizações exigidas e sem pedir o “voto de ouro”, foi também atacado de forma violenta por agentes da Polícia autonómica, depois de terem mandado parar a viatura em que seguia e de lhe terem dito para sair do automóvel. Quando alguns moradores se aproximaram para o socorrer, também foram espancados.
Convém também recordar a manifestação convocada por representantes eleitos ilegalizados para o último sábado, na qual os agentes carregaram indiscriminadamente e detiveram sete cidadãos bascos, depois de o dito Garzón ter proibido a marcha no dia anterior.
Oihana LLORENTE
No auto, Baltasar decreta também o encerramento das sedes e de todos os locais de ambas as formações, bem como o embargo das suas contas e depósitos e a suspensão de todas as suas actividades financeiras. Também são interditos eventos como manifestações, concentrações, caravanas ou actividades de carácter propagandístico.
No auto também se faz alusão às páginas de Internet. Desde o princípio da manhã que as agências haviam feito eco da possibilidade de se aceder aos boletins da Demokrazia Hiru Milioi no seu sítio, sendo por isso que o magistrado da Audiência Nacional exige a sua suspensão. Garzón pede ainda o encerramento da página www.askatu.org, assegurando que pertence ao partido agora suspenso, o que não corresponde à realidade. Já em autos anteriores deste processo judicial se tinham verificado confusões entre o partido Askatasuna e o organismo com o mesmo nome que trabalhava no âmbito pró-amnistia e anti-repressivo, e que foi proibido pelos tribunais espanhóis há alguns anos.
A possibilidade da suspensão de actividades estava latente ainda antes do início da campanha eleitoral. A consumação ocorre já depois de a D3M ter iniciado a sua campanha eleitoral, destinada a encher as urnas com os denominados “votos de ouro”, para exigir democracia. Já tinha realizado comícios em localidades como Markina, Sestao, Sukarrieta ou, ontem mesmo, Beasain. Também ontem, alguns meios madrilenos começaram a apresentar esta situação como anómala, e o representante da AN espanhola não demorou a intervir.
Sem esperar pela suspensão
A Ertzaintza, contudo, não esperou que Garzón decretasse a suspensão de actividades contra a D3M, tendo começado por sua iniciativa o ataque aos militantes da esquerda abertzale em diversos eventos. Em Sestao, perseguiram pessoas que colocavam cartazes da D3M e identificaram quem se dedicava a distribuir propaganda.
Ontem à tarde, e de acordo com testemunhas, um jovem que fazia uso de um megafone, mesmo com todas as autorizações exigidas e sem pedir o “voto de ouro”, foi também atacado de forma violenta por agentes da Polícia autonómica, depois de terem mandado parar a viatura em que seguia e de lhe terem dito para sair do automóvel. Quando alguns moradores se aproximaram para o socorrer, também foram espancados.
Convém também recordar a manifestação convocada por representantes eleitos ilegalizados para o último sábado, na qual os agentes carregaram indiscriminadamente e detiveram sete cidadãos bascos, depois de o dito Garzón ter proibido a marcha no dia anterior.
Oihana LLORENTE