Os sindicatos ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS e Hiru e representantes da Associação de Vítimas do 3 de Março, deram a conhecer os actos organizados para o próximo domingo, dia em que se assinala o assassinato de cinco trabalhadores, na sequência da violenta intervenção da Polícia espanhola durante uma jornada de greve, em 1976, no bairro de Zaramaga (Gasteiz), da qual resultaram mais de 150 feridos.
No decorrer dos actos, a que presidirá o lema «Recogiendo lo sembrado» [colhendo o que foi semeado], será lido um manifesto em que se denuncia a falta do «pleno» reconhecimento às vítimas 37 anos depois dos acontecimentos, bem como o facto de os culpados não terem assumido as suas responsabilidades, pois nalguns casos «continuam a ocupar cargos em instituições relevantes».
Os organizadores fizeram um apelo aos cidadãos de Gasteiz para que «continuem a lutar» contra as políticas públicas «injustas» e os ataques aos direitos fundamentais que «o Governo central levou a cabo na Saúde, na Educação e nos serviços sociais». Neste sentido, defenderam que se recolha «o melhor» da luta laboral que precedeu os acontecimentos de 3 de Março em Gasteiz, como a participação, a organização, a solidariedade e a unidade, considerando que ainda há muito a aprender a partir destes valores.
Os organizadores da marcha pediram também ao novo Governo de Lakua, nas mãos do PNV, que esclareça no Orçamento de 2013 se está ao serviço «dos interesses dos cidadãos e das pessoas com menos recursos ou se irá ceder face às imposições do Governo de Madrid, renunciando à defesa de determinadas competências próprias».