Discurso do deputado da Amaiur no Congresso espanhol. / Contextualização em ehbildu.net
Despejos: Federação de Associações de Moradores de Bilbo abre gabinete de apoio e assessoria gratuita
A Federação de Associações de Moradores de Bilbo decidiu em assembleia abrir uma vez por semana - «até vermos se é suficiente», como disse o seu vice-presidente Karlos Ruiz - um gabinete de apoio às pessoas que necessitem de informação e assessoria para fazer frente aos despejos, «um dos problemas sociais mais sérios que temos», acrescentou o presidente da federação, Javier Muñoz.
Estará aberta às terças-feiras, das 18h00 às 20h00, na Erronda kalea, 25, 1º. «Não vamos competir com outros organismos sociais, mas será uma acção complementar», disse. O advogado Aritz Escudero estudará os casos e atenderá os afectados.
A iniciativa surge face à negligência das administrações públicas. Karlos Ruiz disse ainda que por trás desta «cidade-montra» existem muitos problemas para fazer frente às hipotecas. Apresentou uma série de dados importantes sobre Bilbo.
«Em 2011 verificaram-se 624 processos [sumários] relacionados com despejos e 268 execuções hipotecárias», disse. Em relação a 2012, embora reconhecendo que os dados não foram tornados públicos no seu conjunto, adiantou alguns, «correspondentes aos primeiros meses»: 621 despejos solicitados e 454 admitidos «só em Bilbo», disse.
Silêncio do Kutxabank
Neste caso, Karlos Ruiz insistiu que o BBK «renegociou 2352 hipotecas em 2011, porque os seus titulares já tinham dado sinais de não as pagar» e criticou esta entidade por ser «a que mais despejos está a realizar». Afirmou que se deslocaram ao Kutxabank para obter dados concretos, mas que «não lhos quiseram facultar».
A associação intervém por «ver que se está a gerar uma situação dramática», precisou Ruiz. Porque se «passou de 268 despejos em 2011» para 454 expulsões um ano depois, «sem que tenhamos os dados estatísticos completos».
Disse também que «os problemas alastram a todas as zonas da capital de Bizkaia», salientando que é na nova zona de edificações de Miribilla «onde têm conhecimento da ocorrência de mais despejos». Javier Muñoz afirmou que se trata de «uma zona nova, para onde foram viver muitos jovens.
Com a crise é muito possível que tenham ido parar ao desemprego e que daí resulte a dificuldade em pagar as hipotecas». / Juanjo BASTERRA / Ver: Gara
Ver também: «A Federação das Associações de Moradores de Bilbo oferece assessoria legal gratuita a pessoas em processos de despejo» [com vídeo] (BilboBranka)
