No dia 20 de Fevereiro de 2003, por ordem do juiz Juan del Olmo, da Audiência Nacional espanhola, a Guarda Civil encerrou o Euskaldunon Egunkaria, por alegada ligação à ETA, e prendeu dez pessoas - algumas das quais afirmaram ter sido torturadas. No dia seguinte, os trabalhadores do Egunkaria fazem sair o Egunero, e em Junho do mesmo ano nasce o Berria. Em Abril de 2010, a AN espanhola decretou uma sentença em que absolveu os arguidos no chamado «Caso Egunkaria». [Na foto: trabalhadores do Egunkaria à porta do jornal no dia do encerramento.]
Hoje, por ocasião do 10.º aniversário do encerramento do Euskaldunon Egunkaria, realizou-se um acto no Martin Ugalde kultur parkea, em Andoain (Gipuzkoa), que contou com a participação de arguidos no «Caso Egunkaria», antigos trabalhadores, jornalistas, e diversos convidados. Joan Mari Torrealdai enfatizou o facto de a parte económica do processo ainda continuar aberta, e agradeceu o apoio de todos ao longo dos últimos anos, em especial, o dos bascos, o da sociedade basca. Ver: Berria e naiz.info / Vídeo: 10.º aniversário do encerramento do Egunkaria
«Caso Egunkaria» (em castelhano, francês, catalão e inglês)
Manifestação em Donostia contra o fechamento do Egunkaria (22/02/2003)
Iñaki Uria: «Para Egunkaria no ha habido reparación, sino todo lo contrario»
O jornalista e escritor, Iñaki Uria nasceu em Zarautz em 1960. Foi fortemente torturado por guardas civis e encarcerado na sequência do fechamento do Egunkaria - diário de que era conselheiro delegado -, faz hoje dez anos. Quando foi libertado, via duas saídas: esperar pelos julgamentos ou envolver-se em novos projectos. Dinamizou o projecto da Hamaika Telebista, sendo actualmente o seu director. / Maider IANTZI (Gara)
«La guerra por nuestros medios», de Iñaki SOTO (Gara)
Los cierres de Egunkaria y Egin tienen un denominador común: la voluntad política del Estado español de sabotear los mecanismos que los vascos hemos creado para el desarrollo de nuestra nación en libertad, cercenando para ello todo tipo de derechos
«Puente destruido», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
En su estrategia permanente de-construcción nacional vasca, cerrar el único periódico íntegramente en euskera, aplicar una operación de castigo intimidatoria contra el mundo de la cultura para forzar un retroceso en prevención a saltos políticos, e indicar que todo avance rupturista con el sistema español se paga con dura represión independientemente de cualquier otro factor.
Egin, Ardi Beltza, Kale Gorria o la web Apurtu. Periodistas encarcelados, policías irrumpiendo en medios de comunicación para echar la persiana. Todo ello en los últimos 15 años. Como dice Uria, no hubo reparación para Egunkaria. Tampoco para el resto de medios clausurados, algunos de cuyos miembros siguen en prisión.