quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Aplicaram a «doutrina Parot» ao preso Gabriel Urizar

Numa nota de imprensa hoje divulgada pela associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos Etxerat, ficou-se a saber que o preso Gabriel Urizar, que se encontra na prisão de Puerto II (Andaluzia) e está a cumprir pena há 28 anos, tinha data de saída marcada para Janeiro de 2014 mas que, ao ser-lhe aplicada a doutrina 197/2006 (em Julho último), terá de continuar na cadeia até 17 de Setembro de 2016.

Gabriel Urizar Murgoitio, natural de Arrasate (Gipuzkoa), foi detido em Sara (Lapurdi, território basco sob administração francesa) em 1985 e, apesar de só ter sido extraditado para o Espanha em 1988, começou a cumprir a pena a que foi condenado no Estado espanhol logo em 1986, afirma a Etxerat na nota, referindo ainda que, com este caso, a chamada «doutrina Parot» já foi aplicada a 93 presos e presas. Destes, 71 ainda continuam na prisão.

Na nota, a Etxerat critica o Estado espanhol por «continuar a aplicar esta medida cruel», mesmo depois de o Tribunal de Estrasburgo ter deixado claro, na sentença relativa ao caso de Inés del Río, que a doutrina «viola os direitos humanos».
Ao fazê-lo, o Estado espanhol continua a violar o direito dos presos políticos bascos e «também os dos familiares», que têm de «continuar a viajar» pelas estradas da dispersão.
«Também a nós nos prolongam a pena», afirma a Etxerat, que exige o fim da aplicação desta medida e do sofrimento. / Ver: etxerat.info (cas / eus)  

Jovem de Baztan condenado a pagar 2000 euros «por denunciar a tortura»
De acordo com a informação hoje divulgada pelo portal Arranbela, Haritz Gaztelu foi condenado por um tribunal navarro a pagar 2000 euros por ter denunciado a tortura numa representação teatral durante o Carnaval de 2010 em Elizondo (Nafarroa). No mesmo processo, três jovens foram absolvidos.

A Guarda Civil apresentou queixa por causa da peça e em Outubro do ano passado quatro jovens baztandarras foram julgados por injúrias - apesar de, inicialmente, o Ministério Público os acusar de calúnias e pedir oito anos de prisão. No final do julgamento, o magistrado da acusação pediu 5400 euros de multa para cada um dos jovens. Agora, soube-se que três deles foram absolvidos e que Haritz Gaztelu tem de pagar 2000 euros de multa. / Ver: ateakireki.com  

CONCENTRAÇÃO contra política penitenciária frente à sede do PP
Na segunda-feira, 63 pessoas participaram na habitual concentração frente à sede do PP em Iruñea para reivindicar o direito dos presos a viverem livremente em Euskal Herria. Nas faixas que exibiam podia ler-se: «Euskal Preso eta Iheslariak Herrira» e «La dispersión mata». / Fonte: ateakireki.com