O sindicato abertzale defende a criação de uma grande aliança em Euskal Herria para garantir pensões dignas e uma justa distribuição da riqueza
«O Governo do PP quer cortar mais 32 mil milhões nas pensões entre 2014 e 2020», afirma o LAB sindikatua numa nota emitida na terça-feira, lembrando que já o Governo de Zapatero, com a reforma imposta na sequência do acordo alcançado com as «cúpulas da CCOO e da UGT», queria reduzir a despesa com as pensões em 35 mil milhões de euros.
«Querem-nos fazer crer que a reforma é inevitável e necessária para se poder continuar a pagar as pensões. Precisamente quando acabamos de saber que a banca recebeu do Estado mais de 200 mil milhões de euros em "ajudas" directas», diz-se na nota.
Para o LAB, a questão das pensões é sobretudo uma questão política e de prioridades sociais: «ou se tira das pensões para dar aos bancos ou prevalece o direito das pessoas a contar com dinheiro para poder viver com dignidade», sendo evidente a opção tomada pelos defensores da política dos cortes de pensões, que tornam as pessoas mais pobres e engordam o negócio das pensões privadas».
O LAB considera que «tanto o Governo de Madrid como os de Gasteiz e de Iruñea caminham na mesma direcção: em Madrid, impondo a política de cortes e negando a Euskal Herria a capacidade de decidir sobre ela; em Gasteiz e Iruñea, não fazendo nada para defender os pensionistas actuais e futuros».
«Não têm alternativas a apresentar nem qualquer intenção de o fazer, tal como ficou patente no pacto PNV-PSOE», afirma o LAB, que não deixa de manifestar a sua indignação pelo facto de «não tomarem qualquer tipo de iniciativa», quando são conhecedores do brutal corte que as pensões vão sofrer, com a consequente perda de poder de compra para os pensionistas.
Tendo em conta que Madrid condena os bascos «a pensões cada vez mais baixas nas próximas três décadas», o LAB faz um apelo aos trabalhadores e às trabalhadoras, mulheres e jovens, no sentido de criar «uma grande aliança social que nos permita garantir aqui, em Euskal Herria, pensões dignas, e capacidade de decisão para poder proceder a uma justa distribuição da riqueza». / Fonte: LAB