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Nessa data, diz a Etxerat numa nota, os pais de Alberto Marin apareceram ao início da tarde na prisão para terem uma visita prolongada. Os pais do preso basco aperceberam-se desde logo de um tratamento mais agressivo e tenso e, ao passarem pelo detector de metais, a funcionária recusou-se a dar à mãe de Alberto Marin os plásticos habitualmente fornecidos quando se tem de tirar os sapatos, pelo que teve de andar descalça no chão sujo. Depois, o casal foi separado para ser revistado em salas diferentes.
A revista ao pai decorreu dentro do que é habitual, refere a nota, mas aquela a que mãe do preso foi submetida por uma funcionária «assume as características de uma agressão»: a funcionária arrancou de esticão o lenço das festas que a mulher levava ao pescoço; meteu-lhe os dedos no cabelo para lhe examinar a cabeça, «fechando depois a mão e puxando-lhe o cabelo com força». Em seguida, continua a nota, a funcionária disse-lhe que levantasse a T-shirt, e, quando esta o fez, «puxou os bojos do sutiã para baixo, deixando-lhe os peitos à mostra». Também lhe disse que tinha de puxar a saia para cima, tendo então «puxado as cuecas com força para trás».
Os pais de Alberto Marin já apresentaram queixa na prisão, mas esta recusou-se a dar o número de identificação da funcionária, refere a Etxerat na nota.
Maria Emma Etxebarria, mãe do preso basco, apresentou duas queixas, uma no Tribunal de Badajoz e outra no de Bilbo, «por atentado à intimidade». Alberto Marin, por seu lado, apresentou queixa nas Instituciones Penitenciarias.
A Etxerat, que alude à legislação sobre esta matéria, afirma que tem denunciado em múltiplas ocasiões o facto de «o tratamento dado a presas e presos bascos e seus familiares nas prisões dos dois estados se ter agravado substancialmente», e acusa as autoridades penitenciárias de apoiarem «de forma tácita ou expressa» estas atitudes dos funcionários. / Ver: etxerat via boltxe.info
IBAI SUESKUN FOI LIBERTADO, depois de passar quatro anos na cadeia
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Tal veio a concretizar-se hoje, por ordem do Governo francês, mas, à chegada ao aeroporto de Barajas (Madrid), o preso político pôde seguir em liberdade. Era esperado hoje no bairro de Donibane (Iruñea) por volta das 21h00. (ateakireki.com)