Duas semanas depois da operação policial em que catorze jovens foram presos, jovens do gaztetxe Kortxoenea, em Gros (Donostia), afirmaram que a Polícia espanhola aproveitou «esta oportunidade» para entrar no seu espaço. Os agentes levaram mais de 1000 euros, entre outras coisas. [Quando é que apanham os ladrões? Será que devolvem o dinheiro e pagam os estragos?]
A Kortxoenea, em Gros (Donostia), é um dos locais que fizeram parte da lista interminável de buscas efectuadas pela Polícia espanhola no passado dia 22 de Outubro, no âmbito da operação que se saldou com a detenção de catorze jovens independentistas e o encarceramento de treze.
Irromperam pelo gaztetxe adentro por volta das 8h00 da manhã e ali permaneceram cerca de três horas. Segundo relatam os jovens, quando chegaram, arrombaram duas portas e, após a revista ao local, rapinaram mais de 1000 euros em dinheiro, cinco computadores, uma câmara de vídeo, uma máquina fotográfica, vários DVD, fotografias, livros e revistas.
Agora, duas semanas volvidas sobre a intromissão policial, os jovens forneceram mais detalhes sobre o que se passou. Numa conferência de imprensa que decorreu na Kortxoenea, afirmaram que as buscas «tinham como objectivo criminalizar o movimento juvenil e o gaztetxe». Desta forma, referiram que, ao longo destes meses de trabalho, a Kortxoenea «passou a ser um ponto de referência» tanto no bairro como em toda a cidade. «Essa é a única razão pela qual a Polícia espanhola entrou neste espaço», dizem.
Afirmaram que no seu espaço se reúnem jovens que se organizam por iniciativa própria, realçando que a «Kortxoenea está repleta de esperança e sonhos». Definem-se como «jovens activos», inconformistas, trabalhadores, comprometidos, sonhadores e lutadores.
«Somos os grãos de areia que escapam das mãos do sistema, e isso chateia-os», expressaram. Não obstante, consideraram um «bom sinal» a irrupção da Polícia, porque, de acordo com os jovens, «isso demonstra que estamos a fazer bem as coisas».
Os jovens aproveitaram a conferência de imprensa para explicar o projecto que têm entre mãos para a Kortxoenea. Assim, mencionaram diferentes actos, espectáculos, concertos, debates ou monólogos realizados nos quatro meses de trabalho neste local. Entre outros, convidaram o ilusionista Txan, Carlos Tena, que falou sobre Cuba, o Zinemaldi Alternativo de Donostia ou o grupo musical Lengualerta, do México. Em termos de projectos futuros, têm em marcha a criação de um espaço Wifi baseado no software livre, a criação de um local de ensaio insonorizado e a preparação um local de gravação ou de um rockródromo. «A Kortxoenea é isto, e muito mais. E é a tudo isto que querem pôr um travão», concluíram.
Fonte: Gara
A Kortxoenea, em Gros (Donostia), é um dos locais que fizeram parte da lista interminável de buscas efectuadas pela Polícia espanhola no passado dia 22 de Outubro, no âmbito da operação que se saldou com a detenção de catorze jovens independentistas e o encarceramento de treze.
Irromperam pelo gaztetxe adentro por volta das 8h00 da manhã e ali permaneceram cerca de três horas. Segundo relatam os jovens, quando chegaram, arrombaram duas portas e, após a revista ao local, rapinaram mais de 1000 euros em dinheiro, cinco computadores, uma câmara de vídeo, uma máquina fotográfica, vários DVD, fotografias, livros e revistas.
Agora, duas semanas volvidas sobre a intromissão policial, os jovens forneceram mais detalhes sobre o que se passou. Numa conferência de imprensa que decorreu na Kortxoenea, afirmaram que as buscas «tinham como objectivo criminalizar o movimento juvenil e o gaztetxe». Desta forma, referiram que, ao longo destes meses de trabalho, a Kortxoenea «passou a ser um ponto de referência» tanto no bairro como em toda a cidade. «Essa é a única razão pela qual a Polícia espanhola entrou neste espaço», dizem.
Afirmaram que no seu espaço se reúnem jovens que se organizam por iniciativa própria, realçando que a «Kortxoenea está repleta de esperança e sonhos». Definem-se como «jovens activos», inconformistas, trabalhadores, comprometidos, sonhadores e lutadores.
«Somos os grãos de areia que escapam das mãos do sistema, e isso chateia-os», expressaram. Não obstante, consideraram um «bom sinal» a irrupção da Polícia, porque, de acordo com os jovens, «isso demonstra que estamos a fazer bem as coisas».
Os jovens aproveitaram a conferência de imprensa para explicar o projecto que têm entre mãos para a Kortxoenea. Assim, mencionaram diferentes actos, espectáculos, concertos, debates ou monólogos realizados nos quatro meses de trabalho neste local. Entre outros, convidaram o ilusionista Txan, Carlos Tena, que falou sobre Cuba, o Zinemaldi Alternativo de Donostia ou o grupo musical Lengualerta, do México. Em termos de projectos futuros, têm em marcha a criação de um espaço Wifi baseado no software livre, a criação de um local de ensaio insonorizado e a preparação um local de gravação ou de um rockródromo. «A Kortxoenea é isto, e muito mais. E é a tudo isto que querem pôr um travão», concluíram.
Fonte: Gara