No domingo, dia 29, dezenas de opositores ao TGV da região de Hego Uribe (Bizkaia) levaram a cabo um protesto desobediente para denunciar o esbanjamento de fundos e o absurdo que representa o viaduto do TGV sobre o rio Nerbioi, na zona de Zaratamo-Basauri, construído pelo ADIF e o Ministério espanhol das Obras Públicas. De acordo com a nota emitida pelo Mugitu Mugimendua, promotores do TGV como Urkullu, a presidente Yolanda Barcina, o anterior lehendakari Patxi López, o ex Juan Carlos I, bem como diversas autoridades civis, religiosas e militares fizeram questão de estar presentes na inauguração deste viaduto, que mais absurdo se afigura quando há pouco foi tornado público que não entrará em funcionamento.
Na nota, o Mugitu afirma que «estas autoridades permitiram que as obras do comboio de alta velocidade acumulem ramais [...] sem ligação entre si, acumulem denúncias de corrupção e situações absurdas», como estações vazias e linhas encerradas por falta de utilização. «O TGV é o melhor exemplo de como grandes empresas enriqueceram em obras de nula utilidade social com dinheiros públicos». As notícias vindas a público nos últimos dias sobre este viaduto «mostram que, na prática, se deita directamente para o lixo 11 milhões de euros [...], quando se procedem a cortes em serviços fundamentais como a Saúde, a Educação ou os apoios sociais», prossegue o movimento de desobediência ao TGV.
Para o Mugitu, estas «toneladas de cimento onde se enterram milhões de euros do erário público» traduzem-se numa «escultura ao despropósito político». «Mais uma do TGV», um projecto que se caracterizou «por ser pouco claro, pela falta rentabilidade social, pelo despesismo e que foi executado de costas voltadas para os cidadãos». / Ver: Mugitu! AHT Gelditzeko