No dia 8 de Julho, às 13h00, realiza-se a já tradicional concentração para assinalar o aniversário da morte de Germán Rodríguez, assassinado a tiro pela Polícia espanhola.
Ramón Contreras, porta-voz da San Fermin 78 Gogoan, disse que, desta vez, o acto contará com a intervenção de pessoas que foram feridas pela Polícia em 1978 e de familiares dos dois falecidos – Joseba Barandiaran morreu em Donostia numa acção de protesto contra o assassinato de Germán Rodríguez. O comunicado será lido por Gloria Bosque, que foi detida juntamente com Germán.
Também se fará referência à queixa contra os crimes do franquismo que foi apresentada na Argentina, «para mostrar que é uma via que constitui uma hipótese para acabar com a impunidade».
Contreras recordou que Rodolfo Martín Villa, ministro da Governação [Interior] em 1978, é um exemplo do que representou a chamada Transição. Vindo da Falange, passou a ser ministro da UCD, e acabou a administrar empresas privatizadas como a Endesa. «Existiu uma continuidade do franquismo», acrescentou.
«Sem os sanfermines de 78 não se explica a situação que se vive hoje. Exigir verdade, justiça e reparação não é nostalgia, mas sim presente e futuro», afirmou Contreras.
Josu Ibargutxi, da plataforma basca de apoio à queixa argentina, sublinhou que a morte de Germán Rodríguez mostra que a chamada Lei da Amnistia de 1977 não acabou com o franquismo, que permaneceu vivo nos acontecimentos de 1978 e noutros que se seguiram, como a morte de Yolanda González, em 1980.
Recordou ainda que entre 1975 e 1982 houve mais de 200 assassinatos de carácter político no Estado espanhol.
Sanfermines 78 gogoan 2014
Ver: ahotsa.info
terça-feira, 1 de julho de 2014
Dia 8 de Julho Germán Rodríguez voltará a ser recordado
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