Uma vez, aterrei num país em que o natal era todos os dias. Ao contrário de Lisboa, não havia sem-abrigo debaixo dos enfeites. Nem por cima, nem em lado nenhum. Procurei-os por todas as partes e expliquei aos que por mim passavam que do outro lado do mar, onde vivo, os mendigos cumprem uma função espiritual de primeira ordem. São o oxigénio da caridade. Sem eles, não se podem encher páginas de jornais com louvores à singular generosidade dos ilustres que tendo dinheiro subtraem parte do sofrimento humano para saldar as suas dívidas de luxúria e ganância. (manifesto74)
«Modernidade de Marx», de Miguel URBANO RODRIGUES (Diário Liberdade)
Um sistema mediático perverso, que desinforma a Humanidade, tornou-se o instrumento de poder fundamental para o imperialismo. O desencadeamento das agressões contra países que os EUA pretendem ocupar e saquear é sempre precedido de campanhas que as justificam em defesa das liberdades, da democracia, dos direitos humanos...
Desmontar a falsificação da Historia é, portanto, hoje uma exigência na luta contra a alienação dos povos. Nunca foi tão necessário compreender o mundo e a estratégia da ideologia hegemónica, o capitalismo. Essa situação favoreceu o «renascimento» do marxismo. Daí a importância dos intelectuais que contribuem para a modernidade de Marx neste início do século XXI. [em castelhano: lahaine.org]