O acordo para o sector metalúrgico, que abrange milhares de trabalhadores na comarca do Baixo Deba, em Gipuzkoa, não é negociado há três anos. Esta situação ocorre também noutros sectores de produção do território e, diz o LAB, por uma razão simples: a associação patronal - ADEGI - quer impor aos trabalhadores a reforma laboral espanhola e, assim, fazer desaparecer os direitos consagrados nos acordos sectoriais.
O patronato está a procurar impor uma reforma que foi aprovada em Madrid, «sem ter em conta a realidade do país, nem os seus agentes sociais, económicos, sindicais e políticos». É uma reforma laboral que carece de «total legitimidade em Euskal Herria», afirma o sindicato numa nota.
A imposição é sinónimo de destruição de postos de trabalho, congelamento de salários e precarização das condições laborais, o que «terá graves consequências para o tecido económico da comarca»: haverá perda de poder aquisitivo, cairá o consumo, as lojas irão fechar e haverá famílias a não conseguir pagar as hipotecas. «Tão simples como isto», diz o LAB.
O sindicato recorda que, nos últimos três anos, se mobilizou nas ruas e nos locais de trabalho em defesa dos acordos sectoriais e de empresa, e, face à atitude de bloqueio do patronato, não «está disposto a ficar parado sem protestar» e a ver tudo na mesma: «Vamos defender os
acordos e vão-nos ouvir, mesmo que não queiram», conclui. / Ver: LAB
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Patronato guipuscoano quer impor reforma laboral ao sector metalúrgico
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