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Numa conferência de imprensa realizada dia 23, elementos da Karmele Gogoan afirmaram que se trata de «uma desculpa», uma vez que o auditório sempre acolheu actos como jornadas e congressos de organizações políticas, sociais e sindicais. Por isso, gostavam de saber a verdadeira razão que leva os grupos municipais referidos a «negar-lhes a possibilidade de homenagear a sua conterrânea e amiga falecida num espaço que consideram que é de todos» e, mais ainda, «quando se dispuseram a pagar 2000 mil euros pelo seu aluguer».
Os membros da Karmele Gogoan mostraram-se «tristes e chateados» pela «falta de respeito patente nas declarações do presidente da Câmara sobre Karmele» - que foi vereadora em Barañain nos anos 80 - quando proibiu a homenagem no auditório e se recusou a ceder uma sala da Casa da Cultura para uma exposição fotográfica sobre a dispersão.
Lembrar Karmele, acabar com a dispersão
A Karmele Gogoan foi criada com o intuito de realizar um trabalho de socialização e reconhecimento em torno de Karmele Solaguren e sublinhar a necessidade de se acabar com a dispersão: «a política prisional que pôs fim à vida de Karmele e que mantém Luis Goñi e Xabi Sagardoi - jovens da localidade - a centenas de quilómetros de suas casas e seres queridos».
A plataforma vai continuar a trabalhar «para tributar a Karmele a homenagem que merece». Para já, está previsto o descerramento de uma placa evocativa em Barañain para o final de Janeiro. Antes, no dia 9, será inaugurada uma exposição fotográfica sobre a dispersão e apresentada uma canção que diversos músicos da localidade dedicaram a Karmele. / Ver: plazaberri.info e lahaine.org