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A mobilização, organizada pelo Conselho de Organismos Sociais do Euskara, decorreu sob o lema «Oztopoen gainetik euskaraz biziko gara» [viveremos em basco, apesar de todos os obstáculos] e reuniu dezenas de representantes do mundo da cultura e da língua basca (AEK, EHE, Berria Taldea e membros de vários organismos que pertencem ao Kontseilua), bem como representantes políticos e institucionais, nomeadamente da Deputação Foral de Gipuzkoa e de municípios que o delegado espanhol na CAB, Urkixo, meteu em tribunal.
Não há uma lista exaustiva, mas os casos foram aparecendo pouco a pouco em Araba, na Bizkaia e em Gipuzkoa, onde o delegado do Governo espanhol apresentou queixas de diversas instituições por redigirem actas em euskara, introduzirem critérios linguísticos nas contratações ou darem prioridade ao euskara; também denunciou a Deputação de Gipuzkoa, por dar ajuda financeira à Seaska - ainda para mais, ganhou o processo e a Federação de Ikastolas de Iparralde teve de devolver o dinheiro. Por seu lado, o representante do Governo francês em Iparralde, Patrick Dallennes, levou o município de Uztaritze para tribunal, por ter declarado a língua basca oficial - e a declaração foi revogada. Em Nafarroa, o Governo anunciou que iria denunciar o município de Baztan, por dar prioridade ao basco.
Todas estas acções judiciais mostram que as instituições bascas não têm direito a decidir a sua política linguística, considerou o secretário-geral do Kontseilua, Paul Bilbao, que aplaudiu a decisão tomada por diversos municípios: continuar a escrever as actas em euskara. Mas Bilbao sublinhou a necessidade de uma resposta mais ampla: «Que aconteceria se a maioria dos agentes políticos, sindicais, sociais e institucionais deste país avançasse juntamente com o mundo do euskara?». Pediu que se aborde essa via. «Já é tempo». / Ver: Berria