Uma das 23 pessoas julgadas, no final de Janeiro, por terem resistido ao despejo do Kukutza gaztetxea foi condenada a três anos de cadeia. Um juiz do Tribunal de Bilbo acusa-a de «atentado à autoridade», tal como pedia o Ministério Público. Os demais arguidos, acusados de «usurpação», foram absolvidos.
Na sentença, o juiz afirma que as 23 pessoas que resistiram ao despejo do Kututza, espaço cultural e juvenil do bairro bilbaíno de Errekalde, despejado a 21 de Setembro de 2011 pela Ertzaintza, não cometeram o crime de usurpação; o magistrado reconhece ainda que a Cabisa, empresa proprietária do terreno, «não tinha qualquer tinha intenção de vender ou alugar o edifício».
O Kukutzarekin Elkartasun Taldea [KET; grupo solidário com o Kukutza] emitiu uma nota sobre a sentença, na qual afirma que, para condenar um dos arguidos a três anos de cadeia, o juiz se baseou apenas no depoimento de um ertzaina e não teve em conta as inúmeras contradições entre os vários polícias no julgamento. «Os ertzainas feriram uma pessoa, que depois acusaram de os ter atacado. Mais concretamente, esta pessoa foi ferida por uma das balas de borracha disparadas do lado de fora do edifício».
«Tiraram-nos o Kukutza, e querem continuar com a vingança. Neste julgamento ficou patente o choque entre dois mundos. Pela nossa parte, vamos seguir em frente, ocupando, gerindo e defendendo as nossas próprias vidas», afirma o KET, antes de pedir às pessoas que estejam atentas às próximas convocatórias. / Ver: Berria