Costuma-se dizer que na Amadora há bairros em que a polícia não entra, mas não é verdade. Nesses bairros, o que não entra é a Constituição da República Portuguesa. É preciso dizê-lo claramente: a Cova da Moura é um bairro de trabalhadores. Gente que todas as manhãs desce a encosta íngreme de ruas labirínticas para ir levar os filhos à escola e depois, quando há trabalho, ir trabalhar. Quem conhece o Alto da Cova da Moura depressa aprende a admirar a criatividade, a alegria e a solidariedade desta comunidade que, desafiando a exclusão dos governos, a pobreza imposta pelo capitalismo e as condições de vida, tantas vezes miseráveis, consegue ser um exemplo de dignidade para Portugal.
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No próximo dia 12 de Fevereiro, as nossas vozes valerão muito mais do que a palavra de qualquer racista. Estaremos em frente à Assembleia da República para dizer que em Portugal não há lugar para fascistas e que a repressão policial contra a população da Cova da Moura tem que terminar. (manifesto74)
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
António Santos: «A Cova da Moura não caminha só»
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