Com os votos contra de UPN e PP, o Parlamento navarro aprovou, hoje, uma alteração à «Ley del Vascuence» que permitirá aos estudantes aprender em euskara (modelo D do ensino) em todo o território, desde que haja procura suficiente. A reforma é manca, pois não acaba com a divisão do herrialde em zonas linguísticas, mas não deixa de ser um avanço.
A proposta de alteração à lei tinha sido apresentada pelo PSN, a Izquierda-Ezkerra e o Geroa Bai e foi apoiada por Bildu e Aralar, embora estes últimos tenham afirmado que esta não era a sua reforma, por falta de «profundidade», por não tornar o euskara oficial em todo o território navarro.
De qualquer forma, todos os partidos «à esquerda» consideraram, com maiores ou menores reservas (justificadas), que a modificação hoje aprovada (por 27 votos contra 23) constitui um avanço, por se estar mais perto de acabar com a divisão de Nafarroa em zonas linguísticas (bascófona, mista, não-bascófona). Os organismos ligados à cultura e à língua bascas também se manifestaram satisfeitos, embora considerando a medida «insuficiente».
Já a direita (UPN e PP) disse que é «um dia triste», que se está a «impor o euskara», que a «reforma não é boa para os navarros» ou que se trata de uma «lei do Bildu». No início do mês, o conselheiro da Educação, José Iribas, «enalteceu» a zonificação linguística (sem que a AN espanhola o intimasse a depor) e disse que a «Ley del Vascuence», aprovada há 28 anos, não precisava de ser modificada. / Ver: argia, Berria, naiz e topatu.info