quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A Polícia italiana prendeu o refugiado basco Carlos García Preciado

O natural de Andoain (Gipuzkoa), detido hoje na capital italiana, foi condenado a 16 anos de cadeia em 2000 pelo tribunal de excepção espanhol, que o considerou culpado de «fazer parte de um grupo que lançou cocktails molotov» contra uma agência bancária em 1997.

O tribunal decretou a sentença baseando-se no depoimento de uma única testemunha e defendeu que a acção «seguia a estratégia traçada» pela ETA. Então, decretou um mandado de busca e captura contra o andoaindarra, que esteve em vigor 15 anos. A detenção de Preciado foi anunciada pelo Ministério espanhol do Interior, que o considera um «membro da ETA foragido»; muitos jornais cantam «etarra foragido».

O Sortu manifestou-se contra a detenção, afirmando que «é tempo de esvaziar as prisões» e «não de as continuar a encher». Afirmou também que a detenção não contribui para a resolução do conflito e que faz ainda menos sentido quando diz respeito a factos ocorridos há 18 anos. / Ver: naiz

Joaquín Navarro (Almeria, 1939-Madrid, 2007)
A propósito «destas coisas», dos 16 anos de pena pelos cocktails molotov, deixamos aqui a ligação para um excerto do documentário Hautsitako leihoa (La ventana rota) (2008), com as palavras certeiras do (saudoso) juiz da Audiência Provincial de Madrid Joaquín Navarro.

Leitura:
«El grito ardiente y profundo del pueblo vasco...», de Coordinadora Simón Bolivar (CSB)
El grito ardiente y profundo del pueblo Vasco harto de imposiciones, desprecios, torturas, encarcelamientos y difamaciones de la más variada y que entiende la historia, sabe que ninguna libertad se concede graciosamente, ningún derecho se reconoce o se garantiza sin una lucha sostenida que exige convicción y coraje.