Mais de 80 pessoas juntaram-se, hoje, em Donostia para apoiar a Askapena e os cinco militantes para quem o Ministério Público espanhol pede seis anos de prisão. Arguidos e demais militantes deixaram claro que não aceitarão nenhuma sentença que castigue ou proíba o seu trabalho, a sua luta - «e muito menos decretada por um estado imperialista como é o espanhol» -, pelo que o seu trabalho no âmbito da solidariedade internacionalista não irá parar.
Na sequência da operação lançada contra a organização internacionalista basca em 2010, o Ministério Público espanhol solicitou, esta semana, a ilegalização e a dissolução da Askapena, da comparsa bilbaína Askapeña e das associações Herriak Aske e Elkar Truke, bem como seis anos de prisão para cinco dos seus militantes: Aritz Ganboa, Dabid Soto, Unai Vázquez, Walter Wendelin e Gabi Basañez.
Walter e Gabi falaram em nome dos arguidos para sublinhar que, com as suas detenções, o Estado espanhol perseguiu um objectivo com muito maior alcance que a foto espectacular para as manchetes e os danos provocados à esquerda abertzale: impedir o trabalho internacionalista, silenciar as testemunhas dos seus crimes, romper os laços de solidariedade com o povo basco. Walter e Gabi afirmaram ainda que não vão permitir que ninguém ponha limites à sua militância política e que este seja mais um julgamento: «enquanto internacionalistas e militantes do movimento popular, seremos um instrumento para travar o Estado», disseram.
Em nome da Askapena, falaram Alaitz Amundarain e Nahia Belloso, que destacaram o empenho do Estado espanhol em ilegalizar o internacionalismo que a organização desenvolve há 28 anos: revolucionário, anti-imperialista, abertzale e com raízes profundas no movimento popular de Euskal Herria. O Estado espanhol ataca quem se organiza e luta pela construção nacional e social de Euskal Herria e «teme os laços de solidariedade que, num contexto marcado pela crise estrutural do capitalismo imperialista, estabelecemos com quem põe em causa este sistema criminoso», afirmaram. / Ver: askapena.org e Berria
Resumo da declaração dos arguidos, lida por Walter WendelinMais vídeos da conferência de imprensa aqui.
sábado, 14 de fevereiro de 2015
Askapena: «Não aceitaremos proibições. O trabalho internacionalista vai continuar»
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