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A mulher de Andoni Zengotitabengoa (Elorrio, Bizkaia) explicou que este se encontra há cinco anos na cadeia de alta segurança de Monsanto (Lisboa, Portugal) e que, apesar da atitude «impecável» que mantém, vive uma situação «cruel»: é revistado dez vezes por dia, passa 22 horas por dia fechado na cela, tem problemas respiratórios cada vez «mais graves» devido à humidade do estabelecimento prisional.
Iera destacou também a dificuldade que os familiares têm para visitar Andoni, uma vez que, para além de terem de fazer 900 km até Lisboa e outros tantos no regresso, só os mais directos o podem ver. Neste aspecto, referiu-se em particular à situação das duas filhas, ambas menores, que apenas podem estar com o pai uma vez por ano, num espaço de «quatro metros quadrados, com mau cheiro e sujo», e vigiado por um polícia armado. Esta situação provoca «insegurança e ansiedade» às crianças e uma delas precisa de acompanhamento psicológico.
Iera pediu que Andoni seja enquadrado num outro regime prisional e que se respeite o direito dos familiares a visitá-lo; solicitou ainda aos deputados que promovam uma iniciativa semelhante à moção aprovada na Câmara Municipal de Elorrio, de onde Andoni é natural, em que se pedia a alteração do regime em que se encontra.
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