As perguntas também têm memória, por vezes bem longa. Uma delas paira no ar há 30 anos e diz respeito ao que se passou com o basco Mikel Zabaltza, detido em 1985 pela Guarda Civil, desaparecido 20 dias e finalmente encontrado morto no rio Bidasoa.
A versão oficial diz que, algemado e sem saber nadar, Zabaltza tentou fugir e se afogou. A versão popular afirma que o basco foi torturado até à morte e que os seus captores usaram a versão da fuga e afogamento como encobrimento dos seus actos. Regressando, 30 anos depois, a esta pergunta e à sua memória, o «La Memoria» falou com Lohitzune Amatria, sobrinha de Mikel Zabaltza, e com Miguel Angel Llamas, Pitu, um dos promotores do projecto Galdutako Objetuak (Objectos Perdidos), que tem como fito trazer à luz a verdade não-oficial – a verdade verdadeira – sobre os inúmeros casos de tortura ocorridos em Euskal Herria, a começar pelo de Mikel Zabaltza.
A edição de dia 7 também abordou a memória de Lucio Cabañas, professor de Ayotzinapa e fundador da organização guerrilheira mexicana «Partido de los Pobres», que operou no estado de Guerrero. Sobre o seu assassinato, em 1974, passam agora 41 anos. / Ouvir: Info7 irratia