
No dia 8 de Outubro, a Polícia Municipal de Iruñea carregou com violência sobre quem estava nas imediações do edifício ocupado em protesto contra a «mercantilização da habitação», no Passeio Sarasate. A acção de despejo foi imediata, e mais de uma dezena de pessoas ficaram feridas na operação.
Ontem, na conferência de imprensa que deram na capital navarra, os jovens denunciaram com veemência «toda a operação repressiva posta em marcha para perpetuar os interesses do sistema», passando por cima das «necesidades mais básicas das pessoas, como a habitação», e fizeram um apelo ao movimento juvenil e popular a participar na concentração que, no dia 17, às 11h00, terá lugar em frente ao tribunal, para exigir a sentença que aceitam: a absolvição.
Revelaram ainda que, na semana passada, nove jovens foram intimados a responder pelas «acusações de usurpação, atentado à autoridade e resistência». Agora, são 12 os envolvidos no processo e que, «devido à gravidade das acusações», correm o risco de ir parar à cadeia, disseram, sublinhando que, desta vez, as consequências judiciais recaem sobre este grupo, mas que podia ter sido qualquer outro o visado, desde que se atrevesse «a questionar o predomínio do mercado sobre a vida social e a sujeição às suas leis».
Quanto à atitude do Município de Iruñea, os jovens classificaram-na como «grave», tendo criticado, em particular, o vereador da Segurança dos Cidadãos, Aritz Romeo, a quem acusaram de «falta de seriedade», por não ter havido um apuramento das responsabilidades no seio da Polícia Municipal, nem uma assunção das responsabilidades a nível político. / Ver: lahaine.org