Hoje, 13 de Fevereiro, passam 36 anos sobre a morte por torturas de Joxe Arregi e assinala-se o Dia Internacional contra a Tortura em Euskal Herria. Por isso mesmo, estavam agendadas para hoje diversas iniciativas em vários pontos do território basco para tornar visível a existência da tortura e exigir o seu fim.
Já na sexta-feira houve uma conferência e uma concentração, em Etxarri-Aranatz (Nafarroa), promovidas pelo Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão. As mobilizações de denúncia desta prática vão prolongar-se ao longo da semana, também por iniciativa do Sortu.
13 de Fevereiro é, no País Basco, o Dia Internacional contra a Tortura. A data passou a ser assinalada após a morte por torturas de Joxe Arregi (Zizurkil, Gipuzkoa), em 1981. O militante da ETA foi capturado a 4 de Fevereiro daquele ano e, incomunicável, foi sujeito a torturas brutais durante nove dias, vindo a falecer no Hospital Prisional de Carabanchel, em Madrid, a 13 de Fevereiro. «Oso latza izan da» [foi muito duro], disse, pouco antes de morrer, a companheiros revolucionários que se encontravam no hospital.
Ao seu assassinato seguiu-se, em Euskal Herria, uma greve geral com ampla adesão, bem como manifestações, fortemente reprimidas pela Polícia espanhola. Estima-se que umas 10 mil pessoas tenham participado no funeral de Arregi, em Zizurkil.
Milhares de bascos foram torturados - durante o franquismo, a mal chamada «transição» e a dita «democracia espanhola». Os casos têm vindo a ser documentados e já ascendem a mais de 5000.