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Relativamente à situação de Ibon Iparragirre, que em 2011 passou a cumprir pena em casa e em 2014 teve de regressar à cadeia, o Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA) sublinha que a responsabilidade principal dos ataques que tem sofrido é de «José Luis Castro Antonio, juiz da Audiência Nacional espanhola que mantém Ibon na cadeia, dos políticos que lhe dão as ordens e dos carcereiros que estão ao seu serviço».
Quanto a Manu, o MpA recorda que saiu da cadeia em 1992 devido a uma doença grave, depois de ter estado seis anos preso. Em 2004 foi detido e encarcerado novamente, e, ao cabo de cinco meses na prisão, conseguiu um regime mais favorável graças à greve de fome, sede e medicação que levou a cabo. Em 2013, foi detido e libertado no mesmo dia. Em Dezembro último, a Polícia francesa prendeu-o, na sequência de um mandado de extradição emitido pelo Estado espanhol.
O MpA lembra ainda que a política implementada contra os presos doentes - o elo mais frágil da corrente, contra o qual os estados investem procurando alcançar declarações de arrependimento dos militantes revolucionários - teve consequências preocupantes nos últimos meses (Oier Gómez, Txus Martín, Aitzol Gogorza, Ibai Aginaga…).
Este deve ser, no entender do MpA, um momento de autocrítica para todos os que lutam pela liberdade de Euskal Herria: «não estamos a ser capazes de pôr em marcha dinâmicas de luta eficazes, por forma a conseguir a liberdade dos presos doentes e, além disso, estamos a perder as pequenas vitórias alcançadas, o que reflecte a diferença entre o que fomos e o que hoje somos», afirma. / Ver: amnistiAskatasuna