O Serviço Público de Saúde do País Basco - Osakidetza - continua a apostar na privatização de serviços. Contra esta política que visa «favorecer os privados em detrimento do bem comum», os sindicatos Satse, ELA, LAB, CCOO, UGT e ESK anunciaram, na semana passada, que vão voltar a mobilizar-se no dia 21.
Numa conferência de imprensa em Bilbo, os sindicatos recordaram que estas mobilizações vêm na linha das que realizaram o ano passado contra as privatizações de serviços nos centros hospitalares.
O Osakidetza «mantém a aposta estratégica na privatização» e as organizações sindicais deixaram claro que vão lutar contra isso, tendo em conta que «as sociedades com maiores níveis de privatização na Saúde são as que maiores níveis de desigualdade apresentam no acesso aos serviços de saúde», afirmaram.
Os representantes sindicais disseram não perceber a aposta do Osakidetza na privatização, na medida em que «representa uma despesa directa superior a 350 milhões de euros anuais», uma despesa que, em seu entender, «não vai deixar de aumentar com cada nova decisão» privatizadora.
Para os sindicatos, o argumento usado pelo Osakidetza para justificar as privatizações - o da «alegada eficiência económica» - é «mentira», tendo lembrado que «só a privatização do serviço de limpeza representa um acréscimo de 5000 euros por cada pessoa subcontratada».
Afirmaram ainda que solicitaram, repetidamente, relatórios que justifiquem estas medidas, mas que o conselheiro da Saúde na CAB, Jon Darpón, «se recusou a realizar qualquer estudo de impacto socioeconómico ou de impacto de qualidade dos serviços».
Assim, e porque, como lembraram, o Governo de Lakua «tem em vigor acordos com os sindicatos que incluem a proibição expressa de privatizar ou externalizar qualquer serviço», Satse, ELA, LAB, CCOO, UGT e ESK vão dar início a um novo ciclo de mobilizações, que começam dia 21 com concentrações frente às delegações da Saúde em Bilbo, Donostia e Gasteiz. / Ver: LAB