[De Vítor Rodrigues] O latifúndio, longe de estar erradicado, parece ganhar preponderância como sistema social dominante no Sul do País. A exclusão que impõe no acesso à terra por parte de camadas antimonopolistas da sociedade acaba por estar na base da evolução dual da agricultura alentejana, que determina um perigoso e generalizado subaproveitamento, quando não abandono, ao mesmo tempo que intensifica a produção em outras áreas, colocando em causa a sustentabilidade dos agro-ecossistemas sobreexplorados.
Se houvesse que resumir a evolução da agricultura no Alentejo nas últimas duas décadas, seria de destacar as seguintes tendências: aumento da concentração da posse da terra; aumento do abandono e subaproveitamento de extensas áreas de terra; intensificação e especialização produtiva; Alqueva destacando-se como o grande motor de desenvolvimento da região; aumento sensível do capitalismo agrário; precarização do trabalho agrícola por contra de outrem. (avante.pt via odiario.info)
segunda-feira, 6 de março de 2017
«O latifundismo hoje – posse e uso da terra no Alentejo»
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