[De Maurício Castro] Poderíamos acrescentar avaliaçons de distinto tipo sobre conflitos nacionais concretos, que aspiram sempre a umha caracterizaçom de base materialista, ligada aos interesses do avanço social em cada contexto. Com maior ou menor fortuna, som as luitas de classes que se desenvolvem em cada etapa que determinam o seu alinhamento em favor de povos e naçons europeias ora olhadas com simpatia (Alemanha, Hungria, Itália…), ora criticadas sob acusaçom de serem instrumentalizadas polas potências reacionárias da época (especialmente os povos eslavos). Algo semelhante, com as suas particulariades e às vezes com menor conhecimento de causa, é aplicável aos domínios coloniais no resto do mundo.
Nada de niilismo nacional, portanto, nem adesom acrítica às posiçons cosmopolitas ou colonialistas. Como a de Marx nom é «palavra de Deus», poderemos concordar ou discordar das suas avaliaçons concretas em tal ou qual contexto e país, mas os direitos nacionais, fazendo parte do que ele chama «emancipaçom política», constituem, nas suas próprias palavras, «um grande progresso» e ajudam a perfilar «a forma definitiva da emancipaçom humana dentro da ordem mundial vigente até aqui».
Isto é, a burguesa, em que todas e todos nós ainda estamos inseridos. (Diário Liberdade)
segunda-feira, 30 de julho de 2018
«2018, Ano Marx (VII) / Marx e as naçons»
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