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O tribunal de excepção espanhol decretou o encerramento do portal em Junho em 2013, argumentando que o BurlataHerria tinha feito a cobertura informativa de actos de carácter político, como manifestações legais, conferências de imprensa públicas ou actos de boas-vindas a presos e presas da localidade navarra de Burlata. Na acusação também cabe o facto de ter usado termos como «presos políticos» ou «repressão».
Mais um meio local na lista negra
«Estamos perante um claro ataque à liberdade de expressão, e a razão para encerrar o BurlataHerria é a censura pura e dura, procurar tirar a voz a quem pensa de forma diferente», denunciava a página após ter conhecimento do encerramento e tendo em conta os motivos expostos pela AN.
O BurlataHerria foi criado em 2007 com a ambição de se tornar um meio de comunicação local. Nele, tinham eco, sobretudo, iniciativas e actividades culturais, municipais, reivindicativas, ecológicas, sociais, juvenis... Por isso, o encerramento foi visto também como um ataque a todos os colectivos populares que tinham recorrido ao portal para divulgar as suas actividades.
O indiciamento de Joseba Ginés por «apologia do terrorismo» e o encerramento da página veio engrossar uma longa lista de ataques à liberdade de expressão. Tendo como precedentes os casos do Egin e do Egunkaria, da Egin Irratia, da Ardi Beltza e da Kale Gorria, nos últimos anos a censura sobre meios de comunicação centrou-se no âmbito da Internet: recorde-se os casos do apurtu.org, da Ateak Ireki, do portal da organização Ernai, do acosso à Gaztesarea e a outros meios de comunicação.
Manifesto
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Os responsáveis do BurlataHerria procuraram apoio na Câmara Municipal de Burlata, mas UPN, PSN e PP impediram, por duas vezes, que isso acontecesse. Para não faltar apoio a Joseba Ginés em Madrid, dia 11, às 4h30 da madrugada, parte da localidade navarra um «autocarro solidário». / Mais informação: ahotsa.info