Um habitante de Iruñea foi julgado hoje, 26, no Tribunal de Tutera (Nafarroa) por ter participado na acção de protesto contra o TGV, no Museu Ferroviário de Castejón, levada a efeito pelo Mugitu mugimendua em Março de 2014. Frente ao tribunal, cerca de 20 pessoas concentraram-se para denunciar mais este episódio repressivo e apoiar o jovem arguido, acusado do crime de danos, e para o qual se pede, no total, o pagamento de 4300 euros.
No portal do movimento de oposição ao TGV, afirma-se que não só a acusação não conseguiu provar o «alegado crime de danos», como ainda, mediante a visualização de um vídeo, se viu que foi um agente da Polícia Municipal a provocar os danos de que o jovem é acusado.
Diz o Mugitu que a acção de protesto realizada em Março de 2014 foi pacífica e teve como propósito exigir a paralisação das obras do TGV e denunciar a eliminação de serviços básicos ferroviários, como consequência da implementação das linhas de alta velocidade. No decorrer da acção, foi colocada uma grande faixa na fachada do edifício do museu e levou-se para o exterior uma maqueta do TGV, exposta sob um cartaz que dizia: «Del Museo Ferroviario al Museo del absurdo». No final do protesto, um agente da Polícia Municipal de Castejón caiu ao querer apanhar a referida maqueta, danificando-a. Não se registaram incidentes.
Contudo, a presidente da Câmara de Castejón, Yolanda Manrique (PSOE), fez questão de punir a acção de protesto, levando a julgamento o jovem acusado de ser o causador dos estragos. Há nove meses, uma habitante de Tutera, imputada pelos mesmos factos, teve de ir a tribunal esclarecer as confusas mentes policiais: pese embora a Polícia dizer que sim, ela não podia ter participado no protesto e ter sido identificada, uma vez que estava a gozar o fim-de-semana em Orio, na costa guipuscoana; logo, a milhas de Castejón. O processo foi arquivado. / Mais informação: Mugitu / Fotos: ekinklik.org