A 8 de Julho de 1978, faz hoje 39 anos, a Polícia Armada Espanhola atacou centenas de pessoas em plenas festas de San Fermin, provocando inúmeros feridos - alguns dos quais a tiro - e matando Germán Rodríguez, jovem militante da Liga Comunista Revolucionária. Centenas de pessoas juntaram-se hoje, em Iruñea, para o homenagear e exigir «verdade, justiça e reparação».
Passaram 39 anos desde que os cinzentos mataram a tiro Germán, e ninguém foi julgado ou investigado por aqueles factos, como denunciou, hoje, a plataforma Sanfermines 78 Gogoan!, frente ao monumento evocativo de Germán. Também criticou o facto de Rodolfo Martín Villa, ministro da Governação na altura, no «3 de Março de Gasteiz» e na semana pró-amnistia, ter sido - recentemente - condecorado.
Os iruindarras recusam-se a deixar cair tudo isto no esquecimento; por isso, centenas juntaram-se na Avenida de Orreaga, junto ao monumento que recorda Rodríguez. Para os representantes da Sanfermines 78 Gogoan!, o que se passou em 1978 enquadra-se na violência exercida pelo Estado durante a «Transição», com um objectivo claro: «impor um determinado modelo de Estado e consolidar o projecto político de uma direita que nunca rompeu com o regime franquista».
Em seu entender, a situação actual «não mudou», tendo justificado esta afirmação com a Lei da Mordaça e as últimas alterações introduzidas no Código Penal. Também mencionaram o processo dos jovens de Altsasu e o caso dos jovens de Orereta presos numa manifestação em Iruñea.
No acto, não foi esquecido Joseba Barandiaran (morto pela Polícia a 11 de Julho de 1978, em Donostia, quando protestava contra a morte de Germán), nem o facto de, no ano que vem, passarem 40 anos sobre estas mortes. «Lutemos para que, daqui a um ano, quando nos voltarmos a encontrar, possamos dizer que avançámos no sentido do pleno reconhecimento daquilo que se passou», afirmaram. / Ver: Berria [Em baixo: imagem via Igor Meltxor]
sábado, 8 de julho de 2017
Centenas recordaram Germán Rodríguez 39 anos depois
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