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Na quarta-feira, acompanhados por centenas de conterrâneos, os pais dos jovens referiram-se «ao medo, à preocupação, ao desamparo e total desconfiança» que sentem após o Ministério Público ter tornado públicas as penas que solicita para os jovens - «penas desproporcionadas, 375 anos de cadeia para oito jovens por uma bulha num bar em que a maior lesão foi a rotura de um tornozelo».
Apontaram ainda casos semelhantes de zaragatas ou agressões a forças de segurança, estando ao serviço ou não, e que, com consequências físicas mais graves, implicaram penas mais pequenas e raramente de prisão. Por isso perguntaram: «A Justiça é diferente para as pessoas de Altsasu?»
«Estamos a assistir a uma actuação judicial sobredimensionada, alimentada por uma campanha mediática que distorceu por completo a realidade deste município», criticaram, ao mesmo tempo que rejeitaram a «utilização extensiva do crime de terrorismo», que «viola o princípio da legalidade e o direito a um julgamento justo».
Afirmaram não querer impunidade nem posicionamentos de excepção. Pediram «à sociedade, às instituições e a todo o tipo de entidades que defendam o direito à presunção de inocência, a um julgamento com garantias processuais». / Ver: ahotsa.info