No dia 13 de Julho, Jenifer Ajilla Zari, de 20 anos de idade, dirigia-se a Dantxarinea (Urdax, Nafarroa), para trabalhar, quando sofreu um acidente rodoviário. Faleceu na segunda-feira passada no Complexo Hospitalar de Navarra. Pelo menos 39 trabalhadores/as morreram, este ano, em Euskal Herria, das dos quais em Nafarroa, denuncia o LAB.
Por trás deste e dos restantes acidentes laborais, estão as «precárias condições de trabalho e de vida da classe trabalhadora», sublinha o sindicato numa nota, lembrando que o acidente ocorreu na estrada N-121-A, «conhecida por ser perigosa e pela grande concentração de acidentes», onde passam cerca de 10 mil viaturas por dia, sendo que entre 20% e 30% são camiões.
Para o LAB, é claro que os acidentes de trabalho não casos isolados, mas resultam de «um modelo produtivo em que a economia é posta à frente da saúde e da vida dos trabalhadores». Em muitos casos, «a localização das empresas não permite a utilização de transportes públicos e, se nas viagens de ida e volta para o trabalho é necessário realizar uma média de 1200 km por mês, o risco de sofrer um acidente é muito elevado», explica o sindicato, acrescentando que nas empresas não existem planos de mobilidade, pese embora o risco.
Para acabar com este problema, que tem uma dimensão individual, familiar e social, o LAB defende que «a mobilização e a luta são as únicas armas». É preciso «um modelo em que a saúde e a vida dos trabalhadores» estejam em primeiro lugar. / Ver: LAB