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Para além dos habitantes referidos, também Feliciano Zenarruzabeitia, vereador, foi condenado à morte, mas não chegou a ser fuzilado, uma vez que faleceu de «pneumonia» no Forte de San Cristóbal, em Iruñea, onde estava preso; um outro ainda, Angel Lekuona Beitia, veio a morrer no campo de concentração nazi de Flossembürg, depois de ter sido capturado pelos alemães em França.
Tal como edições anteriores, o acto decorreu junto ao monólito erigido em memória de todos estes busturiarras no bairro de Axpe. Os participantes assistiram com emoção à oferenda floral, ao aurresku de honra, ao «Agur Jauna» e à actuação dos Rebuelta Anaiak, que interpretaram a capella o conhecido tema «Azken dantza», de Pantxo eta Peio.
O acto terminou com a intervenção de um membro da Ahaztuak 1936-1977, que evocou «os sete habitantes fuzilados acusados pelos franquistas de "adesão à rebelião", os 25 que se encontram desaparecidos, todas vítimas do franquismo e todas as pessoas que, desde a implantação desse regime, em 1936, até ao seu fim formal, em 1977, lutaram contra ele de todas as formas possíveis». Sublinhou ainda que «o fascismo enquanto ideologia continua a existir e a agir sob outras formas, muitas vezes agradáveis à vista, mas com a mesma brutalidade que o que tirou a vida e a liberdade à nossa gente, porque serve os mesmos interesses, e basta olhar para Gaza hoje mesmo para nos darmos conta disso». / Ver mais fotos em: lahaine.org