segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Funcionários da cadeia de Badajoz recusaram-se a chamar uma ambulância para a mãe de um preso

Numa conferência de imprensa hoje realizada em Bilbo, a Etxerat fez saber que, depois de a mãe do preso político Igor González Sola ter tropeçado e partido a cabeça, durante uma visita na cadeia de Badajoz, os funcionários se recusaram a chamar uma ambulância ou um médico, e foram outros familiares de presos que tiveram de a levar para o hospital.

Os factos ocorreram a 26 de Julho. Bixenta Sola foi visitar o seu filho, o preso político bilbaíno Igor González Sola, à cadeia de Badajoz, acompanhada pelo neto de dois anos - que vive habitualmente com a mãe, também presa política, na cadeia de Aranjuez. A visita decorria com normalidade, mas, a dada altura, Bixenta, que tem problemas de mobilidade, tropeçou e bateu com força na parede, ferindo-se e começando a sangrar bastante.

De acordo com a informação divulgada pela Etxerat, o preso bilbaíno tocou a campainha de emergência, mas, como esta não funcionava, começou a bater na porta para chamar a atenção dos funcionários, que demoraram 25 minutos a aparecer. Igor pediu-lhes então que chamassem uma ambulância, mas eles recusaram-se a fazê-lo; também se recusaram a chamar um médico.

Entretanto, apareceu uma enfermeira, que, perante a dimensão da ferida, alegou não ter capacidade para fazer o tratamento. Nessa altura, refere a Etxerat, apareceram outros familiares, alarmados pelos gritos, e que também ali estavam a efectuar visitas. Foram eles que tomaram conta da situação e levaram Bixenta Sola até à porta da prisão, sem qualquer ajuda dos funcionários. A mãe de Igor acabou por ser levada pelos acompanhantes para um hospital, onde foi suturada com 12 pontos.

Concentração e queixa
Na quinta-feira, dia 7, a Etxerat realiza em Bilbo uma concentração solidária com Bixenta e a sua família (18h30, Praça Circular). Depois, Bixenta Sola apresentará uma queixa num tribunal. / Ver: etxerat.info 1 e 2