domingo, 13 de setembro de 2015

Homenagem a 400 donostiarras executados pelos fascistas, com pedido de justiça e reconhecimento

A Associação de Vítimas do Genocídio Franquista promoveu, ontem, 12, na capital guipuscoana, uma homenagem aos donostiarras mortos naquele tempo. A sessão teve lugar entre o Palácio Goikoa Jauregia e as traseiras da Câmara Municipal, junto ao monumento que evoca os cerca de 400 habitantes executados após a entrada das tropas fascistas na cidade, a 13 de Setembro de 1936.

No monumento, inaugurado em Maio do ano passado pelo então presidente da Câmara, Juan Karlos Izagirre (Bildu), 400 perfurações recordam as vítimas do fascismo, na sua maioria fuziladas, embora algumas tenham sido executadas com garrote vil. Ali se reúnem o nome de todas e, ontem, muitos familiares e amigos estiveram presentes no local, para avivar a memória da matança de há 79 anos, reclamando justiça e reconhecimento.

Depois do aurresku dançado frente ao monumento, Aingeru Ezkerra, membro da associação, leu um manifesto, e os familiares colocaram flores no local, colorindo a escultura. A sessão terminou com bertsos.

Ezkerra afirmou que, para além dos executados na cidade, muitos outros donostiarras foram vítimas do franquismo: «os que lutaram contra o fascismo, na frente, integrados no Eusko Gudarostea, e ali perderam a vida; os seus familiares, que tiveram de fugir, e foram metralhados e bombardeados pela aviação franquista em tantos locais». Ezkerra pediu ao município reconhecimento e justiça para todos eles, recordando que a Justiça argentina declarou os crimes do franquismo genocídio; considerou necessário criar uma Comissão da Verdade para esclarecer estes crimes, bem como pôr fim à Lei da Amnistia de 1977. / Ver: irutxulo.hitza.eus e SareAntifaxista