Ao cabo de oito dias em greve, que iniciaram dia 1 por tempo indeterminado, vários trabalhadores da Miasa, empresa navarra cujas instalações se situam na zona industrial de Landaben (Iruñea), decidiram levar a cabo um corte de estrada. A Comissão de Trabalhadores (CT) refere que, falhadas as negociações para um novo acordo de empresa, a administração deu início a «um processo de alteração substancial das condições laborais», altamente danoso para os trabalhadores.
Numa nota, divulgada pelo LAB, a CT refere que a administração da empresa pretende impor: uma redução salarial de 19% (começou nos 25%); mais sete dias de trabalho por ano; mais 20 minutos de trabalho efectivo por dia; discriminação salarial dos novos contratados; eliminação de direitos sociais; eliminação das diuturnidades para os novos contratados; congelamento de prémios de antiguidade para os trabalhadores actuais; eliminação do complemento do subsídio de doença; facilitação do processo de externalização do trabalho.
Referindo-se à nota da CT, o LAB afirma que a empresa mentiu aos trabalhadores no acordo anterior: estes tinham aceitado uma redução salarial para os anos de 2013 e 2014, mas que só foi aplicada à produção, não à administração e funcionários dos escritórios (que auferem os salários mais elevados). A empresa mentiu também – prossegue a nota – quando se comprometeu a efectuar melhorias no processo de produção, para reduzir custos. Tais investimentos nunca foram feitos, denunciam os trabalhadores.
Em luta contra a atitude da empresa e em defesa dos postos de trabalho e de um acordo digno, os trabalhadores vão continuar em greve e a mobilizar-se, afirma o LAB. / Ver: LAB e ahotsa.info
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Trabalhadores da Miasa intensificam luta contra o roubo do patronato
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