A operação, levada a cabo por forças especiais da Polícia francesa em colaboração com a Guarda Civil, teve início ao meio-dia, numa casa rural localizada junto à estrada entre Baigorri e Banka, no território basco de Nafarroa Beherea (Baixa Navarra). Ao longo do dia foram feitas buscas na casa, com os detidos presentes. Foram dali retirados era já noite e levados para uma esquadra em Baiona.
Mais de uma centena de pessoas apareceu na casa rural para expressar o seu apoio aos detidos. Por volta das 22h00, a Polícia tentou dispersá-los para abrir passagem às viaturas policiais que iam levar os presos; registaram-se momentos de tensão, sobretudo depois de os polícias carregarem e lançarem gases contra as pessoas.
Nem negociação nem desarmamento
Não sendo uma novidade o facto de o Governo espanhol atacar «uma resolução ordenada do conflito», o naiz releva o significado político da operação, uma vez que Sorzabal e Pla tiveram «altas responsabilidades na decisão da ETA de deixar a luta armada e na sua implementação posterior». O Governo espanhol voltou a vangloriar-se da sua recusa às negociações.
A operação foi ainda usada por Madrid para favorecer as suas relações com Paris, na sequência dos receios provocados pelo zunzum relativo às reuniões sobre a situação dos presos políticos bascos. Até o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, veio a público, em Reus, «agradecer à Guarda Civil e ao Governo francês».
Mobilizações
Para além de Baigorri, houve mobilizações de protesto nas localidades de onde são naturais os detidos, como Irun e Oiartzun (Gipuzkoa). Hoje, em Donostia, o EH Bildu e o EH Bai anunciaram uma manifestação para dia 3 de Outubro, na capital guipuscoana, com o lema «Bakea, erabakia» [paz, decisão]. / Ver: naiz e Berria
Ver tb: «Una de las detenidas este martes en Baigorri habia sido torturada en 2001 por la policía española» (Resumen)
Leitura:
«Domuit Vascones», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)