domingo, 27 de maio de 2012

Sindicatos e dezenas de colectivos sociais manifestam-se contra os cortes orçamentais nas ruas de Iruñea e Donostia

Em Iruñea, cerca de 2000 pessoas, de acordo com os números da organização - que a Polícia Municipal baixou para 700 -, manifestaram-se para denunciar os cortes orçamentais a nível da Saúde, da Educação e dos Serviços Sociais.

A manifestação, convocada por sindicatos como ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS, CGT, Hiru ou EHNE e por colectivos como a Red de lucha contra la pobreza, Axola, Sos-Racismo, e Papeles y derechos Denontzat, foi encabeçada por uma faixa em que se lia «Inposaketei aurre egin! Murrizketak ez aplikatu!».

Depois de percorrer as ruas do centro da cidade, a mobilização terminou no Passeio Sarasate, frente ao Parlamento navarro, onde representantes do Sos Racismo e da Ikasle Abertzaleak afirmaram que nos últimos meses se tem estado a assistir «a um ataque sem precedentes aos direitos laborais e sociais».

Em Nafarroa, afirmaram, o orçamento deste ano para a Saúde prevê menos 120 milhões do que o gasto real de 2010 e, na Educação, menos 78 milhões.

Disseram ainda que, no que toca ao rendimento social, «não só diminui como está enquadrado de forma a excluir do sistema aqueles que mais dele precisam: pensionistas e imigrantes», enquanto a política fiscal «se esquece do carácter progressivo do sistema e tolera a fraude sistemática de certas camadas sociais».

Em Donostia, mais de 2000 pessoas participaram no protesto, no qual se fizeram ouvir palavras de ordem contra a reforma laboral e contra os «ladrões e mercenários».

Durante a mobilização, que começou e acabou no Boulevard, viram-se os símbolos dos sindicatos ELA, LAB, ESK, HIRU, STEE-EILAS e CNT.
Na primeira das cinco faixas que iam à frente da manifestação lia-se «Hacer frente a las imposiciones. No aplicar los recortes. Por los derechos laborales y sociales»; era levada, entre outros, pelo secretário-geral do ELA, Adolfo Muñoz, e pelo secretário-geral adjunto do LAB, Jabi Garnika.

Na sua intervenção, Muñoz estabeleceu a diferença entre «a classe política que sabe o que faz e é militante do neoliberalismo» e a dos «tontos, que, sem o saberem, estão a colaborar com esta deterioração».

Garnika, por seu lado, referiu que o aumento crescente do desemprego vem confirmar que as medidas apresentadas para fazer frente à crise, e que foram «rejeitadas em mobilizações sociais e sindicais» nos últimos três anos, não estão a servir para criar postos de trabalho. / Notícia completa: Gara / Ver também: Berria