quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dois dos «tartalaris» de Barcina compareceram na Audiência Provincial de Navarra

Hoje, dois dos quatro processados pela acção de «tarteamento» anti-TGV a Yolanda Barcina, «presidente do mau Gobierno de Navarra», compareceram na Audiência de Iruñea, para ficarem a conhecer o processo incriminatório em que são acusados de atentado grave à autoridade, punível com penas entre os 4 e os 10 anos de prisão. Os dois «tartalaris» refutaram as acusações e recusaram-se a depor.

Gonzalo Boye, advogado dos «tartalaris», afirmou que o motivo pelo qual estes se recusaram a depor e rejeitaram as acusações tem a ver com o facto de «os acontecimentos se terem dado em território francês e de as pessoas occitanas com cidadania francesa que participaram na acção não terem sido chamadas a depor ou terem sido acusadas».

Para além disso, em Toulouse, apenas os occitanos foram chamados a prestar declarações à Polícia, e não os «tartalaris», sendo assim «evidente que estamos perante uma vingança política e não um procedimento judicial sério», afirmou o advogado.

Gonzalo Boye fez ainda questão de salientar que toda a investigação neste processo foi iniciada e levada a cabo pela Polícia Foral, que não tem competências em território francês, e sendo a sua máxima responsável a Presidente do Governo de Navarra. Ou seja, a queixosa. Portanto, a queixosa e a investigadora são a mesma pessoa; «se isto não é nepotismo, do que é que estamos a falar?». Para Gonzalo Boye «esta questão tem de ser investigada ou, no mínimo, discutida, no Parlamento de Navarra».

Em solidariedade com os dois arguidos, houve uma concentração às portas da Audiência, na qual participaram cerca de 40 pessoas, entre as quais havia vários pasteleiros (tartalaris). / Ver próximas iniciativas em: lahaine.org / Fotos: ekinklik.org