segunda-feira, 7 de maio de 2012

Os «peritos» policiais continuam a não apresentar provas que liguem a D3M à ETA

A terceira sessão do julgamento de treze cidadãos bascos acusados de ser membros ou colaboradores da ETA por promoverem as candidaturas da D3M e do Askatasuna prosseguiu com os depoimentos de mais «peritos» policiais, que hoje também não foram capazes de apresentar qualquer prova sobre a alegada ligação entre a D3M e a ETA. A audiência oral continua amanhã. [...]

Apoio da Amaiur e da ERC
Os processados contaram hoje com o apoio dos deputados da Amaiur Xabier Mikel Errekondo e Jon Iñarritu, e do deputado da ERC Joan Tardá. Errekondo qualificou o julgamento como uma «aberração» e desafiou o Governo espanhol a «agir com responsabilidade» e a «dar passos no sentido da resolução definitiva do conflito». Tardá, por seu lado, disse que a paz e o direito do povo basco a decidir «irá abrir caminho, queiram ou não os poderes ocultos de alguns». / Notícia completa: Gara

Amanhã, conferência do Eleak sobre justiça transitória e legalidade de excepção
O Eleak organizou uma conferência em Iruñea sobre a justiça transitória, a legalidade de excepção - que faz com que, por exemplo, neste momento treze pessoas estejam a ser julgadas num tribunal especial por terem tentado apresentar-se às eleições bascas de 2009 - e as consequências desta legalidade de excepção em Nafarroa. Será amanhã, no Instituto Torre Basoko (Pintor Zubiri 6, Iturrama) às 19h00, e contará com a participação dos advogados Juanje Soria, Amaia Izko e Gotzon Garmendia.

80 pessoas processadas em Nafarroa desde 2007
Em Nafarroa, as ilegalizações deixaram um rasto de operações policiais e sumários abertos contra pessoas acusadas de militar em organizações políticas e sociais. Desde 2007, em Nafarroa houve catorze operações policiais contra a Segi, Askatasuna, Batasuna, Ekin, Askapena, etc., que se saldaram com a detenção de 86 pessoas, o processamento judicial de 80 e o encarceramento de várias dezenas. Destas, 23 ainda estão na prisão, 50 estão cá fora a aguardar julgamento e sete, também em liberdade, estão à espera de conhecer a sentença (foram julgadas em Novembro). Ao longo de todo este período, foram pagos 760 000 euros em fianças, em troca da libertação das pessoas encarceradas em função destes processos judiciais. / Notícia completa: ateakireki.com