O movimento Eleak lançou hoje um foguete alternativo e popular em protesto contra o julgamento de treze jovens imputados no txupinazo de 2010, a decorrer brevemente, e para denunciar os «abusos» da Câmara Municipal de Iruñea.
O acto, que decorreu em ambiente de festa, com a presença de gigantes, zanpantzar, dantzaris e txalaparta, teve lugar ao meio-dia na Praça do Município, num dia, 5 de Maio, importante na caminhada para as festas de San Fermin.
O protesto foi encabeçado por uma grande ikurriña - que alguns dos processados e membros do Eleak levaram -, à qual se juntaram outras que os participantes no protesto levaram; ouviram-se palavras de ordem como «ikurriña bai, espainola ez», e a Câmara Municipal foi presenteada com uma «assobiadela popular».
Um dos jovens leu um comunicado em que recordou que treze jovens foram constituídos arguidos por delitos de «desordem pública» e «atentado à autoridade» na sequência dos incidentes que ocorreram durante o txupinazo dos sanfermines de 2010, quando tentavam exibir uma grande ikurriña na Praça do Município.
Em seu entender, a actuação da Polícia Municipal, quando acedeu à praça para impedir que mostrassem a ikurriña, «não foi correcta, nem proporcional», algo deixa patente a «obsessão da UPN com o apagamento de tudo o que tem a ver com a cultura basca».
Em declarações aos jornalistas, Asier Biurrun, do Eleak, defendeu que a data de hoje é «bastante indicada para recordar o que se passou, para denunciar as injustiças da CM e a sua obsessão com a ikurriña e para mostrar que muita gente está a favor de que a ikurriña esteja presente» nessas festas.
Depois de expressar o seu desejo de que nos próximos sanfermines a ikurriña «venha para a rua com normalidade», sublinhou que impedir a exibição dessa bandeira constitui uma «violação de direitos» e que o facto de a Câmara Municipal «mandar a Polícia Municipal ou recorrer à lei dos Símbolos mostra como está obcecada» com a questão. / Fonte: Sanduzelai_Leningrado
Fotos: Txupinazo popular (ekinklik.org)
Fotos: Txupinazo alternativo (Koldo Torrecillas)
Vídeo: Txupinazo popular (BerriaTB)
Vídeo de apoio aos jovens processados
O PSN veta a colocação de uma placa em memória de Cano em Iruñea
Gara, Iruña * E.H.
Os votos contra da UPN e a abstenção do PSN impediram que, na quinta-feira passada, na sessão de Câmara de Iruñea fosse aprovada a moção que a Ahaztuak 1936-1977 apresentou, na qual se pedia que a placa em memória de José Luis Cano - morto a tiro por um comandante policial nesta zona da Alde Zaharra, durante a Semana Pró-Amnistia de 1977 - fosse novamente colocada na Rua Calderería.
A placa em memória de Cano, ali colocada graças à iniciativa popular, foi retirada em diversas ocasiões pela Polícia Municipal e pela espanhola. UPN e PSN, tal como o PP, tomaram uma atitude semelhante em Fevereiro último, quando foi solicitada a colocação de uma placa em memória de Ángel Berrueta, morto por um polícia no bairro de Donibane em Março de 2004. [Memória, dignidade e luta!]