terça-feira, 30 de outubro de 2012

A Etxerat apresentou um relatório sobre a política prisional francesa em Baiona

A associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos apresentou um relatório sobre a política prisional francesa, reunindo diversos elementos e testemunhos. Chamou a atenção para a existência de 136 presos políticos bascos dispersos pelas prisões francesas, e fez um apelo à participação na manifestação de 10 de Novembro convocada pelo Herrira.

Dos 605 presos políticos bascos 136 encontram-se em prisões do Estado francês; 33 famílias de Ipar Euskal Herria têm pelo menos um familiar preso; algumas delas três. A Etxerat realçou estes dados hoje de manhã, em Baiona, na apresentação de um relatório sobre a situação vivida pelos presos bascos nas prisões francesas e pelos seus familiares.

O relatório «confirma o que temos vindo a denunciar há vários anos: o envolvimento directo do Estado francês na situação dos presos políticos bascos», diz a Etxerat. Realça também o «cansaço, a pressão e os problemas económicos» provocados pelas longas e constantes viagens que os familiares têm de fazer. Para a Etxerat, França «ainda não reconheceu a existência de presos políticos nas suas prisões, nem o seu envolvimento directo no conflito», e «insiste na via da repressão».

A Etxerat fez também um apelo aos cidadãos para que participem na manifestação convocada pelo movimento Herrira para o próximo dia 10 de Novembro em Baiona: «É fundamental vincar a importância desta mobilização. Trata-se dos direitos dos nossos familiares e amigos». / Fonte: Berria / Ver também. etxerat.info / Relatório: os presos políticos bascos no Estado francês

O Tribunal de Pau rejeitou o mandado europeu contra Arturo Villanueva
O Tribunal de Pau (Frantzia) não aceitou o mandado europeu emitido pela AN espanhola contra o refugiado político basco Arturo Villanueva (Iruñea, 1976). A última audiência teve lugar na semana passada, e o tribunal pediu à AN espanhola que a informação adicional fosse traduzida para francês, mas tal parece não ter acontecido.

Arturo foi detido pela Polícia francesa no dia 27 de Agosto, em Urruña (Lapurdi), sendo posto em liberdade, sob fiança, pouco depois. Depois de ter vivido nove anos na Irlanda, regressou a Euskal Herria — a Lapurdi — no Verão passado, e fazia uma vida normal e pública.
Em Março de 2001, foi preso no âmbito de uma operação contra a organização juvenil Haika. Passou dez meses na prisão; depois, como não compareceu no julgamento, o Estado espanhol emitiu um mandado internacional de captura.
Em Abril de 2009, foi preso em Belfast, mas o tribunal rejeitou o mandado emitido por Espanha. / Fonte: Berria