sábado, 20 de outubro de 2012

Conselheiro do Governo navarro alegadamente envolvido num crime de branqueamento de capitais

A associação Kontuz! denunciou o alegado envolvimento do actual conselheiro de Políticas Sociais do Governo de Navarra, Jesús Pejenaute (UPN), num crime de branqueamento de capitais em 2007, durante a sua passagem pela Caja Navarra, valendo-se da sua autoridade, já que ocupava o cargo de subdirector da CAN. Nem Sanz, anterior presidente do Governo navarro, nem Barcina, actualmente em funções, terão investigado os factos, que foram detectados por trabalhadores da CAN, e comunicados aos seus superiores.

Entrevista a Patxi Zamora, da Associação Kontuz!


De acordo com a documentação a que a associação de consumidores e contribuintes Kontuz! teve acesso, Jesús Pejenaute, actual conselheiro do Governo de Yolanda Barcina, ordenou em Fevereiro de 2007, quando ocupava o lugar de subdirector da CAN na Área Comercial, o branqueamento de 180 000 euros numa só semana. O método utilizado foi a troca de notas de 500 euros, que estão sujeitas a um controlo especial por parte das autoridades fiscais, por outras de menor valor.

Os factos terão alegadamente ocorrido na principal sucursal da entidade bancária, na Rua Carlos III, n.º 8, em Iruñea. A Caja Navarra tinha o seu próprio Manual de Prevenção de Branqueamento de Capitais e tinha dado instruções e recomendações específicas aos trabalhadores no sentido de evitar precisamente este tipo de situações. Estas instruções iam acompanhadas pela recomendação de que, caso fossem detectadas operações deste tipo em que se ultrapassasse o limite estabelecido (3000 euros) ou não se especificasse os beneficiários, se devia alertar a Polícia.

De acordo com a denúncia da associação Kontuz!, no dia 19 de Fevereiro de 2007, os trabalhadores da sede central da Carlos III enviaram, no cumprimento das suas obrigações, um e-mail aos Departamentos de Auditoria, Branqueamento de Capitais e Segurança da própria CAN, avisando que a directora da sede, seguindo instruções de Jesús Pejenaute, lhes tinha pedido que trocassem 50 000 euros em notas de 500 por notas de 100 e 200 euros sem especificar que cliente era o destinatário final da operação. / VER: ateakireki.com / VER também: Gara e Gara

O conselheiro demitiu-se: «Barcina aceita a demissão apresentada por Pejenaute» (naiz.info)