Uma habitante de Tutera (Nafarroa) prestou declarações esta manhã no tribunal local, acusada de ter praticado um crime de danos quando, diz a Polícia Foral, participava numa acção de protesto contra o TGV em Castejón. A acusada negou qualquer relação com «esses factos» e disse não ter participado na ocupação simbólica do Museu Ferroviário, uma vez que se encontrava longe, em Orio (Gipuzkoa). Uma concentração convocada pelo Mugitu apoiou a jovem.
Cerca de 30 pessoas concentraram-se hoje de manhã frente ao Tribunal de Tutera para apoiar a jovem Ainhoa Fernández, habitante da localidade navarra que teve de prestar declarações na presença de um juiz na sequência das acusações vertidas contra ela pela Polícia Foral: acusa-a de um crime de danos durante um protesto simbólico contra o TGV que teve lugar no Museu Ferroviário de Castejón, em Março deste ano. Ainhoa disse ao juiz nada ter a ver com os factos de que é acusada e que, na verdade, no dia do protesto em Castejón nem sequer poderia ter sido ali identificada pelos agentes, pois estava a gozar o fim-de-semana numa localidade costeira de Gipuzkoa.
Naquele dia, por iniciativa do Mugitu Mugimendua, o Museu Ferroviário de Castejón foi ocupado de forma simbólica, para «denunciar as consequências da progressiva implantação do TGV: supressão de linhas, eliminação de serviços ferroviários e o mais que provável encerramento de estações provinciais», referiram os organizadores. A ocupação, em que participaram 30 pessoas, durou uns 30 minutos, aproveitados para lançar diversas palavras de ordem do terraço do edifício contra o projecto do TGV.
«Durante a acção de protesto não se aproximou qualquer patrulha policial, não houve qualquer problema com o trabalhador do museu nem com nenhuma das pessoas que assistiram à acção. Também não houve danos nas instalações do museu», refere o Mugitu. / Ver: ahotsa.info e mugitu