Na sexta-feira, 20, a Associação Martxoak 3 deu uma conferência de imprensa para apresentar o projecto de realização de um memorial no 40.º aniversário do que ficou conhecido como a «matança de Gasteiz». Apesar de cinco trabalhadores terem sido mortos e muitas dezenas terem sido feridos pela Polícia quando participavam numa assembleia no interior da igreja de Zaramaga, a Igreja recusa-se a colaborar, denunciou a associação.
A Martxoak 3 recordou que, pese embora o muito que se avançou nos últimos 40 anos na divulgação, também a nível internacional, do massacre de 1976, «o crime de Estado permanece na mais absoluta impunidade». Também por isso, a Martxoak 3 elkartea – Asociación de Víctimas 3 de Marzo pretende que o 40.º aniversário sirva para «dar um novo impulso à luta contra o esquecimento e às reivindicações de verdade, justiça, reparação e garantias de não repetição».
O «Memorial 3 de Marzo 1976-2016» é um projecto ambicioso que a associação quer pôr em marcha no próximo ano. Trata-se de juntar arte e memória num percurso guiado pelo contexto de 1976 no bairro onde a matança se deu; um memorial interactivo nas ruas de Zaramaga, que recriará o ambiente das ruas, do mercado, da fábrica ou de um bar da época e que inclui a projecção de uma «colagem audiovisual» dentro da igreja onde os trabalhadores se reuniram em assembleia e que a Polícia atacou a tiro e com gás. Mas a Igreja recusa-se a colaborar.
Reportagem da Hala Bideo [Hala Bedi entzun!]Ver: martxoak3.org
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
«Memorial 3 de Março 1976-2016»: arte e memória para evocar os trabalhadores assassinados
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