[De Jorge Seabra] A manipulação é ainda mais marcada em política externa. Quase sempre a linguagem dos media não tem o mínimo de rigor e projecta-se em ondas de pensamento único que parecem abafar qualquer espírito crítico.
Falar de Milosevic, o conciliador ex-dirigente jugoslavo como um facínora genocida, ou colar a Assad, presidente do regime laico da Síria, o rótulo de impiedoso ditador e de ameaça à paz da região, quando ainda há pouco era considerado um dos mais «civilizados» dirigentes do Médio Oriente (Sarkozy recebeu-o em 2002 com todas as honras de Estado), são bons exemplos desse contorcionismo jornalístico. (Abril)