O Ospa Mugimendua apresentou ontem o programa do Ospa Eguna [Dia do Baza], que terá lugar a 1 de Setembro, bem como as várias actividades que agendou até ao final deste mês, em Altsasu (Nafarroa).
Lembrando «épocas passadas» em que a Inquisição perseguia quem não seguia os dogmas religiosos, o Ospa Mugimendua denuncia a «nova caça às bruxas», que se traduz na perseguição de quem trabalha contra a repressão com milhares de euros em multas políticas, controlos, provocações, ameaças e o sete jovens da localidade na prisão.
«Os estados e as suas forças repressivas (Guarda Civil, Polícia Foral, juízes...) elevaram o nível da repressão, sim, mas este instrumento está longe de ser novo. Fomos reprimidos por actuar a favor do euskara, por fazer greve pelos direitos dos trabalhadores, por nos manifestarmos a favor da libertação da mulher, multados por reivindicar uma educação emancipadora, intimados a depor por denunciar a própria repressão... Reprimem-nos por nos levantarmos contra as opressões que reproduz este sistema explorador», afirma-se no comunicado divulgado para a apresentação do Ospa Eguna.
«Embora o nível de repressão registado em Altsasu tenha sido muito duro, entendemos que não o podemos tratar como um caso isolado», afirma o Ospa Mugimendua, que convida «o povo de Altsasu e toda Euskal Herria a tomar parte no Ospa Eguna», para expressar o «repúdio por todas as forças repressivas».
Para o movimento popular Ospa é claro que, «por mais que lhes queiram impor uma falsa convivência com quem os reprime, não o vão conseguir», pois «a convivência só pode dar-se numa justiça real e, para quem padece este sistema, não há justiça», defendem.
Referindo-se à forças repressivas de ocupação, o Ospa afirma: «No dia 1 de Setembro, ouçam com clareza que "nem os queremos, nem precisamos de vocês!"». / Ver: ahotsa.info
terça-feira, 7 de agosto de 2018
Ospa Eguna será um encontro nacional contra a repressão e pela desmilitarização
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