quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Polícia sob suspeita de alimentar protestos fascistas em Chemnitz

Milhares de neonazis (cerca de 6000) juntaram-se na segunda-feira em Chemnitz, a terceira maior cidade do estado alemão da Saxónia, para se manifestarem contra a presença de «estrangeiros» no país. Tratou-se do segundo dia de violentos protestos racistas e xenófobos, depois de, na madrugada de domingo, um homem de 35 anos ter sido assassinado, alegadamente, por dois refugiados de países do Médio Oriente.

Algumas fontes referem-se à violência registada como resultante de uma espécie de confronto entre «radicais» de extrema-direita e de extrema-esquerda (uma contramanifestação reuniu cerca de mil pessoas), mas também há quem sublinhe que «os fascistas andaram à caça» – de estrangeiros, refugiados e migrantes.
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A chanceler da maior potência capitalista europeia, Angela Merkel, repudiou o «incitamento à violência xenófoba» e condenou «as perseguições, os motins, o ódio nas ruas», mas sem se referir à exploração dos refugiados na Alemanha, às guerras de agressão imperialistas que, na Ásia, no Norte de África ou no Médio Oriente, levaram milhões de pessoas a abandonar os seus países ou ao panorama socioeconómico na antiga Alemanha Oriental no período pós-reunificação. (Abril)